terça-feira, 11 de novembro de 2008

A arvore pode ou não pode ser provocativa??

A possibilidade é mais importante do que a realidade.
M. Heidegger.

4 comentários:

Beatriz Lamas Oliveira disse...

Com efeito, são as diferenças estruturais entre percepção e imaginação,
intuição simples e intuição categorial, significado e intuição, conhecimento adequado e
conhecimento inadequado, as que permitem estabelecer uma nova linha de demarcação ou de
separação entre sensibilidade e entendimento.

tacci disse...

Exacto.
Dá para perguntar o que é que as pessoas têm na cabeça e como é que seria possível extrair algumas delas.
O ensino, com a Marilú por lá, não parece muito vocacionado.

tacci disse...

Algumas delas = algumas das coisas que lá têm, claro.

Beatriz Lamas Oliveira disse...

Com efeito, o que as pessoas têm dentro da cabeça(recuso dizer se é a maioria ou a minoria) são ditames do bom senso e lugares comuns, que aprenderam em casa e/ ou no quintal, ou até talvez mais na cozinha. Coisas do tipo "as correntes de ar são muito perigosas" e ou "a sopa faz muito bem porque reconforta o estômago". No tempo em que havia lareiras, que era um tempo mais lento , talvez as pessoas aprendessem noções do senso comum mais elaboradas do tipo _" o Sr. Abade lá anda outra vez a fazer das suas" e /ou _" não se pode ter confiança nenhuma nos homens"!noções essas que sempre eram uma ajuda na vida!
Agora as pessoas aprendem na escola. Aprendem lugares comuns mais elaborados. Aprendem metodologias e tecnicas. Mas nem sequer sabem especificar em que paradigma estão inseridas. Se é um paradigma científico ou se é um paradigma metafísico ou mesmo mágico. Ou pré lógico.
Nem sabem mesmo o que significa a palavra paradigma. E hoje em dia metafísico quer dizer "espiritual", se não quizer mesmo dizer energia positiva..
E nós cansamo-nos porque nunca mais aprendemos a ser só observadores da realidade. Queremos ser observadores participantes. E assim acabamos a colocar cuecas nas àrvores. Queremos lutar contra a realidade , e contra a falta de ética e o desconhecimento da mesma. E acabamos a correr, a correr atrás da realidade que nos vai fugindo. E nós a querermos agarrá-la e interpretá-la . E a interpretá-la a vários niveis. Aos niveis de todas as disciplinas que conhecemos.
Nós ao burro e o burro no chão!
E como o tempo nos foge e o tempo lento de Bergson está nos livros com que adormecemos...temos de reaprender tudo: por exemplo a ver as arvores como elas são:seres vivos muito complexos que temos de proteger.